Exibida em 2001, O Clone é eleita a novela da década. Saiba mais!
Eleita a novela da década pelos leitores do iG, através de enquete, O Clone foi escrita por Glória Perez e exibida pela Globo de outubro de 2001 a junho de 2002. Polêmica, a trama falou sobre a clonagem humana, o combate ao uso de drogas e a adaptação de uma brasileira à cultura muçulmana. Em entrevista ao iG, Giovanna Antonelli, intérprete da protagonista Jade, arrisca dizer que esta "foi a primeira novela que fez 'imersão' numa cultura e fez com que o público se envolvesse pela novidade".
Com um remake na língua espanhola, em 2010, pela Telemundo - TV americana -, Glória Perez afirma, sem medo: "O Clone foi e é uma novela ótima, que faz sucesso mundo afora". E emenda: "Estou muito feliz com a indicação de novela da década".
O elenco, de núcleo dirigido por Jayme Monjardim e direção-geral de Marcos Schechtman, contou com Murilo Benício como o galã da vez. Ele enfrentou um enorme desafio ao interpretar três diferentes papéis: os gêmeos Lucas e Diogo, e o clone Leandro (Léo), criado pelo geneticista e padrinho de Diogo, Albieri (Juca de Oliveira), após a sua morte.
história se inicia na década de 80. A história gira em torno de Jade, uma brasileira nascida e criada no Brasil, que ao perder a mãe é obrigada a viver em Marrocos e se adaptar a uma nova cultura. Lá seu olhar cruza o do filho do empresário de sucesso Leônidas Ferraz, Lucas, mas os costumes muçulmanos os impedem de viver esta paixão. O irmão gêmeo de Lucas, Diogo, morre em um acidente e o geneticista Albieri decide criar seu clone.
Jade, então, se casa com Said, com quem fica durante 20 anos e tem uma filha, Khadija. Em paralelo, Lucas de casa com Maysa e juntos eles são pais de Mel - garota que se envolve com drogas. Lucas e Jade se encontram e planejam novamente ficar juntos. Léo conhece Jade e se apaixonada por ela. Leônidas luta para assumir a paternidade de Léo.
Lucas e Jade conseguem fugir e são felizes juntos. Léo e Albieri desaparecem no deserto do Saara. Mel se livra da dependência química
"Personagens muito bem desenhados. Um cuidado primoroso de todos os envolvidos. Foi um encontro de toda aquela equipe. Um trabalho muito especial", conta Giovanna, emocionada. Vale lembrar que a paixão de Lucas e Jade tornou-se real e Pietro, filho dos atores, está prestes a completar seis anos.
Foto: TV Globo
Giovanna Antonelli: "Sem dúvida, a Jade foi uma grande oportunidade na minha carreira"
iG: O convite para protagonizar a novela veio da autora Glória Perez? O que pode dizer sobre o trabalho dela?
Giovanna Antonelli: O Marquinhos (Schechtman), foi o primeiro a falar meu nome para o papel! Daí foi um processo longo até baterem o martelo. Gloria é uma mulher a frente do tempo, visionária... Sempre apostando no novo, no polêmico. E aborda com verdade e profundidade suas histórias. Sou fã.
iG: Qual a importância desta novela e da Jade na sua carreira?
Giovanna Antonelli: Passou 10 anos e as pessoas falam da novela como se tivesse pouco tempo. Sem dúvida a Jade foi uma grande oportunidade na minha carreira. Me dediquei intensamente ao trabalho, com muita paixão. Inesquecível.
O sucesso da novela se estende até os dias de hoje. No início de 2010, O Clone ganhou um remake no valor de R$ 20 milhões, veiculado pela emissora Telemundo nos EUA e no México, em espanhol. Ambientada em Miami, local que substitui o Rio de Janeiro e Marrocos, El Clon teve a cidade cenográfica construída na cidade de Bogotá, na Colômbia, e tem 250 capítulos.
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Já a versão original, de 221 capítulos, foi exportada para 91 países, entre eles Sérvia, Portugal, Rússia, Turquia, Peru, Argentina e Venezuela, sendo a campeã de vendas da Globo durante anos. Em 2002, a versão espanhol da revista People elegeu Jade e Lucas o casal mais famoso do mundo.
Foto: TV Globo
Débora Falabella, a Mel de O Clone
Débora Falabella foi um show à parte na trama. Milena Ferraz, mais conhecida como Mel, era filha de Lucas (Murilo Benício) e Maysa (Daniela Escobar). Jovem e inconsequente, se envolveu seriamente com as drogas, na primeira novela de horário nobre da atriz, onde ela protagonizou vários momentos dramáticos. Até o FBI e o censo americano premiaram Glória Perez pela mais bem feita campanha contra a dependência química.
Curiosidade: Débora ficou internada durante uma semana para tratar de uma meningite, sendo substituída pela irmã oito anos mais velha, a também atriz Cynthia Falabella. Com 1,60 m e traços bastante parecidos, engaram muitos telespectadores nos quatro minutos de cena que foram ao ar.
Foto: TV Globo
Dalton Vigh: revelação de O Clone
Dalton Vigh não era popularmente conhecido até aceitar viver o apaixonante Said Rachid em O Clone. Com 10 desconhecidos anos de trabalho, o ator da Rede Manchete, com experiência no cinema e na apresentação de um pequeno programa de TV, recebeu destaque ao interpretar muito bem o papel do marido escolhido para se casar com Jade.
Na tela, ele aparecia em ternos bem alinhados e se sacrificava em nome do amor, o que deixava as telespectadores de queixo caído. Independente e poderoso, ele mexia com a fantasia das mulheres e colaborou para os 56 pontos de média diários no Ibope da novela.
Com o passe valorizado pela alta cúpula da Globo, foi convidado para interpretar papéis ainda maiores: o vilão Clóvis Moura de O Profeta e os personagens Marconi Ferraço e Adalberto Rangel na novela Duas Caras. Em 2010, participou das minisséries S.O.S. Emergência, como o Dr. Tiago, Na Forma da Lei, na pele de César Borges, em como Giuliano no episódio A Adúltera da Urca, de As Cariocas.
Por falar em Ibope, a novela, que estreou com média de 47 pontos no Ibope, só cresceu a cada capítulo. Vale destacar que cada ponto de Ibope equivale a uma média de 60.000 pessoas atingidas. No último dia de exibição, O Clone levou cerca de 3.720.000 pessoas para a frente da telinha, ou seja, atingiu 62 pontos de média.
Foto: Reprodução/TV Globo
O Clone (2001 - 2002)
Para comparar, podemos destacar a média de audiência do capítulo de Passione que trouxe à tona a revelação do segredo de Gerson: 38 pontos no Ibope.
Mas O Clone não falava de coisa séria o tempo todo. No núcleo cômico, a atriz Solange Couto, intérprete de Jurema, interagia com os frequentadores do Bar da Jura e lá soltava seu famoso bordão: "Não é brinquedo, não", que caiu na boca do povo em 2001 e é lembrado até os dias hoje. Já a Odete (Mara Manzan), ficou marcada por dizer "Cada mergulho é um flash", durante seus passeios pelo Piscinão de Ramos.
Expressões árabes também caíram no gosto dos brasileiros, no período de exibição da novela. As mais conhecidas eram: "arder no mármore do inferno", "inshalá" (se Deus quiser), "haram" (proibido), "maktub" (está escrito) e "jogar ao vento".
O elenco ainda era formado por Vera Fisher, na pele da interesseira Yvete, Reginaldo Faria, como o empresário Leônidas Ferraz, Adriana Lessa, vivendo Deusa, Marcello Novaes, como Xande, Cissa Guimarães como Clarice, Luciano Szafir como Zein, Eri Johnson como Ligeirinho, Myrian Rios como Anita, Nívea Stelmann como Ranya, Thaís Fersoza como Telminha, Sérgio Marone como Cecéu, Juliana Paes como Karla, Thiago Fragoso como Nando, Sthefany Brito como Samira, Carla Diaz como a pequena Khadija e Letícia Sabatella como Latiffa, entre outros.
Fonte:Gente.ig.com
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